Susanne Norgren

Susanne Norgren é o cérebro e a força motriz por trás de várias das ferramentas mais afiadas produzidas pela Sandvik. Sua capacidade de encontrar soluções inovadoras para problemas de materiais é valorizada em ouro - mais recentemente através do prestigioso Gunnar Wallquist Bergsmedalj.

Por trás dos carbetos cimentados Sandvik para operações de usinagem de acabamento e torneamento de aço, ou PowerCarbide®, a tecnologia de materiais avançados que pode otimizar qualquer operação de perfuração, estão centenas de horas de pesquisa, inúmeros pequenos desenvolvimentos inovadores e muitas patentes para proteger as descobertas. Essas são apenas duas das muitas tecnologias de ponta em que a capacidade de Susanne Norgren de combinar cálculos teóricos com experimentos práticos teve um enorme impacto no produto final - garantindo intervalos de retificação mais longos, menos trocas de bits e maior segurança para as pessoas que trabalham com tecnologia de rochas.

"Acho que essa é a minha característica: alternar entre o mergulho profundo para obter as respostas e manter uma visão de helicóptero e um foco visionário para onde estamos indo", diz Norgren.

Mais de cem patentes

Seu entusiasmo e amor por resolver problemas técnicos para criar os materiais do futuro resultaram em centenas de patentes com seu nome, mas, para Norgren, o trabalho em equipe por trás delas é o mais valioso.

"O mais importante para mim é que conseguimos transformar nossas ideias e soluções em produtos que são lançados no mercado. Isso é o que coloca a Sandvik na vanguarda da indústria e do campo de pesquisa, e o que nos torna únicos como empresa", diz Norgren.

Ela é conhecida por trabalhar em equipe, e seu entusiasmo e vontade de encontrar soluções são contagiantes. Trata-se de liberar a criatividade, explica ela. Sua própria curiosidade ajuda. Ela é muito boa em fazer perguntas para ajudar os outros a encontrar novos ângulos e soluções.

"Tenho colegas fantásticos com quem posso discutir qualquer problema técnico difícil e trocar ideias", diz ela. "O mais importante é criar confiança. Só é possível ter essa discussão livre que leva a novas soluções quando todos na equipe se sentem seguros. Isso também torna o trabalho muito mais divertido."

Sua jornada pessoal no mundo dos cálculos e modelos em P&D e pesquisa estratégica começou com um interesse em química e física. Ao estudar design de materiais no KTH Royal Institute of Technology, ela pôde combinar os dois. No entanto, os estudos só a deixaram mais curiosa e, após a graduação, ela obteve um doutorado em Ciência dos Materiais e Metalurgia. Norgren mantém um pé no mundo acadêmico, atualmente como professora adjunta de Engenharia de Produção e Materiais na Universidade de Lund, onde passa 20% do seu tempo de trabalho ensinando, pesquisando e supervisionando doutorados. Em sua opinião, a colaboração entre o setor industrial e o acadêmico é puramente vantajosa para todos.

"Para manter nossa vantagem competitiva, precisamos nos concentrar no futuro, mas, por mais inteligentes que sejam as soluções que apresentamos, para serem úteis, elas precisam se adequar às necessidades industriais e sociais. O ecossistema indústria-academia é essencial para nós como empresa, pois nos permite reformular nossas perguntas para entender melhor a questão de pesquisa subjacente. O aumento do conhecimento e da compreensão de um ângulo puramente científico beneficia não apenas a nós, mas também a comunidade em geral", diz ela.

A primeira vez que uma mulher recebe a medalha

Em março, Susanne Norgren estará de volta à KTH, desta vez para receber a Medalha de Mineração e Materiais do Professor Gunnar Wallquist - um prêmio concedido apenas a cada dez anos. Esta é a primeira vez que a medalha é entregue a uma mulher.

"É muito inesperado e estou profundamente honrada. Espero que isso inspire mais mulheres a se juntarem ao setor. Mas, como em tudo o mais, eu não teria conseguido fazer isso sem todas as pessoas que estiveram ao meu lado", diz ela.