Uma postura voltada para a solução

O dia 23 de junho é o Dia Internacional da Mulher na Engenharia. Conversamos com Celina Kaji no Brasil sobre sua escolha de carreira.
Por que você procurou um cargo na Sandvik Coromant?
Antes de me formar, nunca pensei que gostaria de trabalhar com usinagem, mas depois consegui um emprego como estagiário de fabricação e produção em uma unidade que usinava cabeçotes e blocos para motores, e isso me fez mudar de ideia. Eu conhecia a Sandvik Coromant como cliente, pois estava sempre perto das ferramentas da Sandvik Coromant. Eu tinha reuniões para falar sobre desempenho e projetos e aprendi muito com os especialistas da empresa. Cheguei a fazer os treinamentos de ferramentas que a empresa oferecia, portanto, quando surgiu uma oportunidade de trabalhar lá, eu a aproveitei. Eu sabia que trabalhar em um ambiente de fábrica seria um desafio - é uma área com poucas mulheres e que exige muito conhecimento técnico -, mas também sabia que as pessoas com quem eu trabalharia me apoiariam e estariam dispostas a compartilhar seus conhecimentos.
Não basta falar sobre diversidade e inclusão. As pessoas no ambiente de trabalho devem acreditar nisso e praticá-lo diariamente.
Celina Kaji admires other women in engineering and sees her friends in that position as her role models.
O que você mais gosta em ser um engenheiro?
A maneira como pensamos sobre os problemas. Somos orientados para a solução. Definimos uma meta e pensamos em todos os caminhos possíveis que podem nos levar até lá, criando um processo e usando dados para a tomada de decisões.
Quando você se sente mais satisfeito no trabalho?
Quando consigo explicar adequadamente uma questão técnica e a satisfação que vem quando resolvo um problema.
Como você acha que o setor e as universidades podem atrair mais mulheres para os estudos de engenharia?
Na universidade, estamos vendo cada vez mais mulheres procurando ocupar lugares onde sabem que podem pertencer, mas precisam de um sistema de apoio - família, amigos e professores - que lhes diga que elas têm potencial, que as ajude a procurar oportunidades e que não sugira que o gênero é uma barreira no processo de admissão. Isso combina com o fato de encontrar uma empresa que aceite mulheres no setor. Não basta falar sobre diversidade e inclusão. As pessoas no ambiente de trabalho devem acreditar nisso e praticá-lo diariamente. Você lidera dando o exemplo, não questionando as capacidades ou realizações de alguém por causa de seu gênero. Uma mulher precisa se sentir confortável para fazer bem o seu trabalho.
Minhas amigas engenheiras são meus modelos.
Por que você quis se tornar uma engenheira e como fez para atingir esse objetivo?
Quando cresci, sempre gostei mais de matemática e física, portanto, a engenharia parecia uma escolha óbvia. E minha família me apoiou. Nunca disseram que eu não poderia me tornar um engenheiro ou que deveria escolher outra profissão.
Você teve algum modelo a seguir?
Minhas amigas engenheiras são meus modelos a seguir. Sempre que uma de nós se sente desanimada ou tem dúvidas sobre nossa carreira ou sobre os empregos que temos ou queremos, as outras estão lá para oferecer apoio.
Qual foi sua formação em engenharia?
Fiz o curso de engenharia civil por três anos, mas depois mudei para engenharia de produção, me formando pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
Se for uma área sem muitas mulheres, seja aquela que abre caminho para outras.
O que você fez em seu primeiro emprego como engenheira?
Após a graduação, trabalhei em uma startup como analista de mercado/dados, fazendo relatórios, planejando atividades e fornecendo previsões e suporte para as equipes operacionais e de varejo.
Qual foi o maior desafio para você chegar onde está agora?
Acreditar que sou tão capaz quanto qualquer outro engenheiro.
Qual é o seu melhor conselho para uma jovem mulher que está pensando em seguir uma carreira em engenharia?
Se for algo pelo qual você se sente apaixonada, vá em frente! Crie laços com outras mulheres que a apoiarão e torcerão por você e encontre um lugar onde se sinta competente e confortável. Se for uma área sem muitas mulheres, seja aquela que abre o caminho para outras.
Fale-nos sobre seu futuro. O que você quer fazer daqui a dez anos?
Ainda estou tentando descobrir isso, mas, por enquanto, minha meta é adquirir muita experiência em usinagem e engenharia geral e criar uma carreira sólida.
Celina Kaji
Idade: 28 anos
Cargo: Especialista em Aplicações - Engenharia Geral e Ferramentas Redondas - Sales Cluster Brazil, baseado em São Paulo
Há quanto tempo na Sandvik: Desde novembro de 2020
Interesses fora do trabalho: Trabalho voluntário para ONGs e instituições