Mulheres em ascensão

A Sandvik opera em áreas tradicionalmente dominadas por homens, como engenharia, manufatura e mineração. Aumentar o número de mulheres em posições de liderança é uma prioridade, já que um local de trabalho diversificado tem demonstrado afetar os resultados de uma empresa e melhorar sua capacidade de atrair e reter talentos. De acordo com o relatório Diversity Matters da McKinsey & Company, as empresas no quartil superior em termos de diversidade de gênero têm 15% mais chances de ter retornos financeiros acima das respectivas medianas do setor nacional.

No setor de mineração, cerca de 16% dos funcionários são mulheres, e apenas uma em cada 20 empresas é liderada por mulheres. "O setor de mineração tem milhares de anos e, até recentemente, era muito intensivo em mão de obra, o que significa que apenas homens trabalhavam lá", diz Päivi Kautiainen, Diretor de Serviços de Engenharia da Sandvik Mining and Rock Technology.

Negócio em rápida mudança

Kautiainen, que recentemente recebeu o prêmio interno Diamond em reconhecimento à sua liderança inclusiva, explica que um novo conjunto de habilidades é necessário à medida que o setor de mineração evolui e as empresas se voltam para a automação, análise de dados, conectividade e digitalização. "A mineração está mudando rapidamente", diz ela. "Agora é um negócio global que depende muito da tecnologia."

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"Queremos ter as pessoas certas nas funções certas", diz Kautiainen, "e valorizamos pessoas qualificadas e motivadas. Seria loucura procurar por elas em apenas metade da população. Precisamos de mentes brilhantes com perspectivas diferentes, por isso promovemos equipes diversificadas. Equipes diversificadas nos tornam mais inovadores. Podemos pensar melhor e de forma inovadora, e podemos acompanhar melhor o ritmo acelerado em um ambiente de negócios competitivo."

Oportunidades iguais de carreira

Na Sandvik, o número de gerentes mulheres na mineração aumentou de 12% para 18% entre 2015 e 2019. "Acho que é significativo", diz Kautiainen, "mas também acho que poderíamos fazer melhor. Ver mulheres em cargos de alto nível é um bom exemplo para os estudantes que estão escolhendo suas profissões. É bom mostrar que a Sandvik oferece oportunidades iguais de carreira. Trata-se de encontrar a pessoa certa para a função."

Uma maneira é ser cuidadoso com os critérios para uma função. Se você diz que um candidato deve ter 20 anos de experiência no setor de mineração, "você automaticamente exclui muitas pessoas que gostariam de se candidatar", diz ela.

No segmento da área de negócios Sandvik Machining Solutions, o raciocínio é o mesmo. É dada atenção especial aos detalhes do processo de recrutamento, onde até mesmo as menores mudanças em palavras e frases podem fazer a diferença para garantir que as vagas de emprego atraiam um grupo variado de candidatos. O desempenho em áreas como equilíbrio de gênero, com medição trimestral de novas contratações, fornece uma imagem contínua do progresso que está sendo feito. Nadine Crauwels, Presidente da Sandvik Machining Solutions, foi recentemente introduzida no Hall da Fama das Mulheres na Manufatura, e ela diz que pode ser difícil para as mulheres ingressarem em um setor dominado por homens, e as impressões são formadas desde cedo.

Envolva-se desde cedo

Nadine Crauwels, Sandvik Machining Solutions President"Acho que precisamos nos envolver com os alunos em uma idade mais jovem do que costumamos fazer", diz ela. "Eles geralmente decidem já aos 14 ou 15 anos de idade. É nossa responsabilidade apoiá-los, criando uma abordagem de mente aberta e mostrando-lhes todas as opções possíveis sem criar barreiras. Ao fazer isso, podemos conscientizá-los sobre o propósito e o progresso humano que podem ser alcançados."

O programa de pós-graduação da Sandvik atrai uma alta porcentagem de jovens mulheres de todo o mundo, e a Sandvik apoia e promove várias iniciativas, incluindo os prêmios Female Leader Engineer e Women in Manufacturing, mas, diz Crauwels, gerenciar um local de trabalho diversificado e inclusivo não é fácil. "A diversidade em uma equipe é realmente muito difícil", diz ela. "É mais fácil quando todos são iguais, pensam e agem da mesma forma. O fato é que precisamos de diversidade para progredir. Todos nós precisamos reconhecer o poder da diferença e permitir que outros pontos de vista e ângulos apareçam. É aí que surgem os resultados desejados."